Os olhos nunca enxugam, nunca.
Tento combater este vazio que sinto cá dentro: minto a mim própria, crio sentimentos que não sinto e tento levar uma vida que não é a minha. Dói menos encarar a realidade…
O medo de falhar é tão grande… Tantos sonhos, tantos desejos rasgados em cinzas… Nunca é suficiente, é sempre necessário fazer melhor, ser melhor.
Sufocam-me com tamanhas pressões que já não sei que é fazer o que realmente me apetece, já não sei o que é não ter responsabilidades.
A fotografia perfeita nunca mais é tirada. A frase memorável não acontece. A silhueta no espelho continua desfigurada. Tantos objectivos frustrados…Tantas ambições longínquas, e cada vez mais impossíveis de alcançar…
Não tenho outra solução senão resignar-me e entregar-me à mediocrid ade. Entregar-me a uma vida sem doçura, a uma vida que tem que ser vivida pelo simples facto de existir. Acabaram-se as ideias de poder ser alguém, alguém a sério.
Os olhos nunca enxugam, nunca.
2 comentários:
O fascínio de Existir...
O fascínio da imagem dilui-se no texto - completa-o num existir, entre sentidos diferentes: objectos em encontro de desencontro.
Existir, um esforço da imaginação?
c'est ça!
beijinhos
A imagem dilui-se no existir...
Desencontros em encontro?
C'est ça?
Bjs
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