02/05/2007

(Sem título)


10h30.

Saí do carro apressadamente, e juro, os joelhos tremiam. Dei uns quantos passos em frente, e empurrei a porta, ainda muito nervosa.

O cenário era mais ou menos como eu esperava. Num canto, lá ao fundo, estavas tu, sentado relaxadamente num dos cadeirões, bebendo um sumo natural. Viste-me e acenaste-me, e aí não tive alternativa. Só pensava que esta poderia ser uma viagem de ida, sem regresso anunciado. Sentei-me à tua frente e, por momentos, o teu olhar pareceu-me mais melancólico que o habitual. Não transparecias qualquer espécie de brilho.

- Passa-se alguma coisa? Porque me chamaste aqui? – perguntei.

- Passa-se.

Antes de ter oportunidade de interrogar porquê, a empregada, envergando uma farda verde-clara, questionou-me qual seria o meu pedido.

- Uma água fresca, por favor.

Depois tu levantaste-te e vieste na minha direcção. Algumas lágrimas rolavam na tua cara.

- Nem sei por onde começar... Para já, acho que te devo um pedido de desculpas…

- Pois deves. O que me fizeste foi deveras insensível.

- Eu sei, e nem imaginas como me sinto arrependido. Eu vou embora. Vens comigo?

- Não sei se quero. Se vou nunca mais volto. E se depois me arrependo? Não há volta a dar!

- Arrisca! Podemos encontrar a felicidade! Quem foi para lá ainda não se queixou!

- Que nós saibamos!

A empregada trouxe a água e olhou perplexamente para ti, que te encontravas ajoelhado. Sentindo o olhar, voltaste a sentar-te.

- Vem comigo… Nunca mais te verei, e isso custa-me tanto… Sabes perfeitamente o que sinto por ti…

- Já senti algo maior por ti, e na altura ignoraste-me por completo! Deixei de fazer parte da tua vida! Pensando bem – e traguei um golo –, fico por cá.

- E todos os nossos momentos? Ficam registados apenas no teu diário e na tua mente?

- Os nossos momentos… O melhor é nem ficarem registados. Juro-te que se pudesse apagar essas memórias do meu cérebro, fá-lo-ia sem hesitar!

- Eu amo-te…

- Eu amei-te. – e parti, já com algumas gotinhas salgadas a serem largadas dos olhos.

Não sei o que te aconteceu. Mas quero que saibas, aquela viagem para a morte, se eu soubesse que irias sozinho, teria ido contigo! Se eu soubesse… Sinto-me tão culpada… Eu menti-te, eu nunca deixei de te amar! Se estiveres a ler isto, perdoa-me assim como eu te perdoei pelo mal que me fizeste! Beijos…AMO-TE!

6 comentários:

Anónimo disse...

L-I-N-D-O-!
Como sempre disse e como sempre direi!
Pque aqui a milka sbe escrever!E bem!
Pensa Q so' escrevas hisotiras tiriste!=( Mz sao essas historias tirstes Q sau lindas!
Gzto de vce
Gzto das suas historias!
Beijoca*
Pipa!
(As bakuraz)loool!

Anónimo disse...

N e' pensa Q so' escrevas hisotiras tirstes...enganei-me =/ e pena Q so' escrevas historias tirstes!:)

Yirien disse...

Lool, obrigada!
Pois..ah e tal...
Existem também muitas histórias bonitas que têm finais felizes...
Prometo que um dia publico uma!
:)

Anónimo disse...

mtax histórias sao mais bonitas kando têm finais felizes, mas tb há histórias lindas cm finais tristes, apesar de dizerem k 1a boa história tem k ter 1 final felix max pront.....
tenx mt jeito para escrever histórias a serio.....
continua a escreve-las....
Miguel

Yirien disse...

Sim Miguel, mas felizmente, hoje em dia, já se dá preferência aos finais infelizes! Na literatura, no cinema...
A mentalidade mudou...
E entre o beijo da Bela Adormecida e a arrebatadora paixão de Rose e Jack em Titanic, preferimos qual?
hehe
bjz

Anónimo disse...

Tens mxm mto jeito para escreker..
Ta LINDO!! E desculpa!!
beijinhoz
Amo-te...
Mari