12/02/2008

Tempo de reflexão


Precisei de algum tempo para repensar a minha vida, sem escrever, pensar unicamente.

Não se trata de uma mudança na minha pessoa, nada disso. Regressei às origens e às raízes da minha história esperando encontrar a razão para os caules tão frágeis da minha vida. Sem dúvida faltaram-me alguns sais minerais.

Repensei toda a minha infância, os bons e os maus momentos. Para isso, pus de lado a minha maturidade, o controlo de emoções e isolei-me de todos. Fui o mais natural possível, não preocupei com as consequências e repeli qualquer comportamento social aceitável para a minha idade.

Certo é que isto me levou a compreender alguns porquês dos traços da minha personalidade que me levam a tomar atitudes menos ponderadas.

Mas também me deixou confusa, sobretudo CONFUSA. Levantei imensa poeira no meu cérebro e nunca mais acalmou. Arrogância ou não, deixei de ver as qualidades que observava em algumas pessoas. Senti-as vazias, sem nada de especial que me levasse a dizer “Gosto de ti.”. Acabei por me fechar mais e deixar de confiar nos outros. Comecei a relacionar-me somente com um grupo restrito.

As poucas amizades que conservo são realmente as verdadeiras. Aquelas que compreendem, que me fazem rir de forma honesta, que me apoiam e que me ajudam. Que respondem a qualquer coisa que eu diga com olhar brilhante e sorriso perpétuo. Que me criticam de forma coerente e que elogiam sem lamber as botas. Que me dão um abraço apertado.

Os outros já pouco me importam; substituí-os pelos doces. Não quero saber se sou popular, se falam mal de mim, se me rejeitam por não corresponder aos seus hipócritas critérios de amizade. Não quero ter que responder ao “Que se passa?” quando me vêem chorar, os meus verdadeiros amigos já sabem o porquê. Não me importa que tenha umas olheiras visíveis a quilómetros de distância ou o cabelo despenteado.

Já me deixei de preocupar com tudo, simplesmente não quero saber. Não sou aquilo que os outros querem, mas também não sou aquilo que quero. Nem sei que quero.

1 comentário:

teemazul disse...

Olá 'miúda'!

É sempre um prazer passar por este teu passeio.

Um beijinho

Teemazul