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Larguei uma lágrima…
Maio foi o mês em que o portal da minha vida se abriu, saíram algumas pessoas, mas claro, entraram outras. Maio foi o mês do JULGAMENTO FINAL.
Desapareceste da minha vida. De uma vez por todas. A nossa última sexta-feira foi a pior de todas. Imaginasse eu que te teria de ver quase todos os dias da semana seguinte! Mal te vi desaparecer, larguei uma lágrima inocente… Uma simples lágrima, que rolou pela minha face pálida. Se soubesse que se iriam seguir tantas! Nessa hora de almoço… Chorei como não chorava há muito! Quase não conseguia respirar. Soluçava e soluçava, reflectindo nos tais cinco meses, abraçando possessivamente uma amiga. Deitei-me naquele banco cinzento, testemunha das minhas maiores gargalhadas e momentos de felicidade pura, cristalina. Mas naquele momento não estava a rir, encontrava-me num total pranto. Queria gritar, declarar a todos o quão parva fui, como caí numa teia irreversível! Queria bater em toda a gente, destruir algo… O ódio percorria-me as veias… Tinha raiva de mim mesma! Como pude eu iludir-me? Como pude eu ser tão ingénua? Como pude eu… Mas não fui capaz de emitir mais que um gemido de dor, como se tivesse sido baleada.
Obviamente que chamei as atenções das pessoas em redor. Perguntaram-me que se passava. Não me senti incomodada, como costumo ficar, pois compreendia o lado deles… Eu faria o mesmo. Partilhei a minha dor, recostei-me no ombro do fantasma do passado e continuei a lacrimejar.
Terá valido a pena? Aquelas lágrimas foram um desabafo… de uma relação nada fácil… Uma relação que começou por ser uma amizade e acabou num ódio mútuo, penso…
Levantei-me, cambaleando, praguejando. Tinha exame a seguir… Tentei-me recompor ao máximo, mas foi difícil…
E chego agora a uma conclusão: Tudo aquilo valeu a pena. Valeram a pena os bons momentos, valeu a pena sofrer que nem uma louca, aquelas lágrimas valeram a pena… Pois agora encontro-me orgulhosa de mim mesma… Deve ter sido a melhor história da minha vida, a que vivi contigo…
1 comentário:
(:
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