06/05/2007

Frases Soltas (um momento de egocentrismo)



Ouvi um dia num filme que para uma grande obra bastava uma boa encadernação de couro e um título respeitável. Bem, para mim basta papel e uma caneta, que se lixe o título!
Eu gosto de escrever, mas, regra geral, as palavras só me fluem no pensamento. Sinceramente, no meu ponto de vista, escrever CANSA. Cansa e ponto final: é um facto inegável (engraçado o facto de eu gostar de me cansar!).
Gosto de escrever principalmente sobre a minha vida. De que serve ela no futuro se não passa de memórias? Um registo escrito é o mais fiável, daí a quantidade de diários e anotações de sentimentos que tenho guardados num armário velho, já com algumas teias de aranha.
Imagino frequentemente que morro de uma forma trágica e que o meu diário perdura, e que todos se vão interessar em lê-lo, como a coitada da Anne Frank. Já nas lendas gregas (Aquiles, por exemplo), morrer é a forma mais sublime de nos darem importância pelos actos, que podem ser gloriosos...ou não.
Muitas são as vezes que em também imagino um filme sobre a minha vida. Por muito que me custe dizer isto, seria uma seca de primeira e um flop.
Bem, como pode estar a ser constatado, sou uma pessoa com muita imaginação. Já escrevi uns rascunhos baseados na minha vida, mas com ligeiras alterações de modo a torná-la cor-de-rosa.
A minha vida não é má, é apenas um aborrecimento de primeira. Uma secura. Uma pena que por muito se enfie no tinteiro, não se consegue extrair uma única gota. Sou um raio de uma egocêntrica que tem pensamentos mórbidos, diria mesmo típicos de um paciente do Júlio de Matos! Ui, agora entrei na fase das descrições...
Gosto muito de definições nas pessoas. Nas coisas que podemos tomar como certas. Mesmo sendo uma aventureira, sou uma adepta da rotina. Faz-me impressão os horários descontrolados e os programas diferentes. Mas quando chega a hora de arriscar, vou em frente até me chocar contra uma parede.
O braço já vai doendo... Porque será que a vontade de escrever só me aparece à hora de me deitar? Pelos vistos já gosto das perguntas das quais não sabemos a resposta...
O meu cérebro estremeceu. Os neurónios entrelaçaram-se. Estou mesmo muito confusa. Tantas frases soltas para um texto sem assunto, sem princípio, nem meio, nem fim...

2 comentários:

Anónimo disse...

Escrever realmente é muito bom, mesmo, MUITO BOM. Conseguimos dizer o que sentimos por palavras que nos saem, que nos fluem, sem ser pensado. Gostei imenso d ler o teu blog, felicito a maneira como escreves e digo-te muito sinceramente gostava de ter a suavidade e fluidez com que tu usas as palavras...os meus parabéns!
DL

Yirien disse...

Obrigada! ^^